quinta-feira, 18 de março de 2010

Paleta das horas

Se buscas fazer arte para agradar a côrte, se intenção houver de ser aceito naquela bienal, receber aquela verba pública via projeto adaptado ás falas de tendências e discursos, ainda há tempo para o suicídio,pois não será sua a arte em suas mãos.
Arte é expressão pessoal.
Acontecem coisas muito estranhas.Vigiei palavras e gestos. Fechei janelas como se chegasse e fiquei em vão como quem se despede. Sobrepus musicas de melancolia e os pensamentos começaram a alcançar a precisão das indiferenças. Pensei, apaguei e executei sem pensar, risos, gritos e garrafas quebradas.Seriam corretas minhas conjecturas? Necessário ou inconveniente raspar a tela imerecida. Retirar os atributos grotescos que tornavam tão imparcial sua troca? Pintar como quem dispõe em vida de uma só tela, de um só fôlego,de umas poucas raspas de tinta? Tampouco sei se indescritível traço se faria sobre a obra da minha psiquê sem dar importância ás deformações depreciativas e admiráveis de perseguir pelos porões e sótãos da visão. O absurdo da ausência de idéias me alegrava como a explicar-me os erros prazerosos do tentar sem querer ser plasticamente correto e fazer sem querer resolver composições precisas e acabadas para uma exposição.

Selistre

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